01. Born to Run
02. Thunder Road
03. Badlands
04. The River
05. Hungry Heart
06. Atlantic City
07. Dancing in the Dark
08. Born in the U.S.A.
09. My Hometown
10. Glory Days
11. Brilliant Disguise
12. Human Touch
13. Better Days
14. Streets of Philadelphia
15. Secret Garden
16. Murder Incorporated
17. Blood Brothers
18. This Hard Land
02. Thunder Road
03. Badlands
04. The River
05. Hungry Heart
06. Atlantic City
07. Dancing in the Dark
08. Born in the U.S.A.
09. My Hometown
10. Glory Days
11. Brilliant Disguise
12. Human Touch
13. Better Days
14. Streets of Philadelphia
15. Secret Garden
16. Murder Incorporated
17. Blood Brothers
18. This Hard Land
Senha dos Arquivos: muro
Em 1965, apresentava-se no Greenwich Village em New York formado bandas como Steel Mill e Dr. Zoom and The Sonic Boom.
Seu primeiro álbum,“Greetings from Asbury Park” (1973) não foi um sucesso comercial mas chamou a atenção dos críticos que o compararam a Bob Dylan. No mesmo ano Bruce grava o seu segundo disco, “The Wild, the Innocent & the E Street Shuffle”, este álbum, tal como o anterior, também não teve as vendas desejadas, mas seus espectáculos ao vivo são considerados óptimos pela crítica.
Em 1974 Bruce Já tinha solidificado seu grupo, o “E Street Band” com Roy Bittan, Danny Federeci, Clarence Clemmons, Gary Tallent, Max Weinberg e mais tarde, Steve Van Zandt. Foi só neste ano. Acompanhado de enorme campanha publicitaria, o lançamento do álbum “Born to Run” (1975) finalmente lhe trouxe o sucesso, provando-o como um compositor e performer.
Em 1976 Bruce tentou falar com o seu ídolo Elvis Presley. Para isso invadiu Graceland, a mansão do cantor, pulando o muro, e assim que ele estava para bater na porta, foi interrompido pelos seguranças. Springsteen
perguntou: “Elvis está?”. O segurança disse que não, que estava em Lake Tahoe e era verdade. Assim, Bruce foi conduzido gentilmente para
fora da mansão e nunca encontrou seu ídolo pessoalmente.
Disputas judiciais o impediram de lançar o seu álbum seguinte, “Darkness on The Edge of Town”, até 1978.
“The River”(1980) foi mais um sucesso de critica e publico, atingindo o primeiro lugar na lista dos mais vendidos e a música “Hungry Heart” torna-se o primeiro single de Bruce a entrar para o Top 10 da Billboard.
Deixando um pouco de lado suas características de super-produção. Bruce fez do álbum “Nebraska” (1982) um disco introspectivo com instrumentos acústicos (violão e harmónica) e sem sua Banda tradicional.
Foi em 1984 que Bruce Springsteen ao lado da E Street Band alcançou finalmente o reconhecimento mundial aclamado “Born in The U.S.A.”, que elevou Bruce á categoria de porta voz musical dos trabalhadores – The Boss.
Em Setembro daquele mesmo ano, durante a campanha presidencial americana, Ronal Reagan fez um discurso oportunista, mencionando o nome de Springsteen. Dias mais tarde num concerto em Pittsburgh, Bruce respondeu com palavras amargas ao futuro presidente americano. Foi a primeira vez que o músico demonstrou suas tendências políticas, o que se tornou uma marca sua.
Em Janeiro de 1985, Bruce participa nas gravações do álbum “We Are the World”, cujo dinheiro das receitas reverterá para o combate da fome em África. Nesse álbum Springsteen participa com uma música inédita ao vivo: “Trapped”. E “Dancing in the Dark”, um single do álbum “Born in the U.S.A”, provavelmente a música mais comercial de Springsteen até à data, garantiu-lhe o Grammy de melhor vocalista de rock.
A Born in the U.S.A. Tour continua, e é na Austrália que Springsteen se estreia em concertos de estádio. Situação que se irá repetir ao longo da tournée. O Boss tem ainda tempo para participar com o seu amigo de sempre Little Steven, num projecto contra o apartheid na África do Sul, na música “Sun City”.
No final de 1989 é lançado o primeiro registo oficial do Boss ao vivo, o álbum “Bruce Springsteen & the E Street Band Live 1975-85”, que atingiu o topo das paradas no final de 1986. Este trabalho consegue transmitir fielmente, toda a energia e poder de Bruce Springsteen e a sua E Street Band nos espectáculos ao vivo, desde o início da carreira até ao presente.
Pelo 3º ano consecutivo, Springsteen é eleito o artista do ano, pela revista Rolling Stone. Mais uma vez, Bruce encontra-se em estúdio para gravar mais originais, mas desta vez, a participação dos elementos da E Street Band nas gravações é feita individualmente.
“Tunnel of Love” é editado em 1987 e considerado por muitos um fracasso. Na opinião de alguns, quando Bruce podia ter lançado um “Born in the U.S.A.” - parte 2, ao invés, gravou um álbum de canções adultas, sobre o amor e as relações humanas.
A Tunnel of Love Express Tour arranca no início do ano de 1988 nos E.U.A. A Europa virá a seguir, terminando a tournée em Espanha. Ao contrário da última digressão, estes concertos são efectuados principalmente em pavilhões. (Esta será a última digressão da E Street Band com Bruce Springsteeen… até 1999!)
Ainda no mesmo ano, nos meses de Setembro e Outubro, participam ainda na tournée de apoio à Amnistia Internacional, em defesa dos direitos humanos: The Human Rights Now! Tour. Participaram também: Sting, Tracy Chapman, Peter Gabriel e Youssou N’Dour.
Em 1988 é lançado o álbum “Chimes of Freedom”, com 4 músicas ao vivo, incluindo uma versão de Bod Dylan, da música que dá nome ao trabalho.
A separação amigável do Boss e da E Street Band torna-se oficial em 1989, e cai que nem uma bomba, para todos os fãs e seguidores de Springsteen.
Em 1990 Bruce Springsteen começa a trabalhar num novo álbum, e pela primeira vez, sem a E Street Band. A excepção é feita com Roy Bittan, o amigo de longa data, que deu uma “mãozinha” nas gravações.
Bruce trabalha com vários músicos de estúdio e convidados, como por exemplo Jeff Porcaro, baterista da banda Toto.
Em 1991, entre as gravações do novo trabalho, Bruce participa juntamente com os seus amigos, Little Steven, Jon Bon Jovi e Southside Johnny, para gravarem o video da música “It’s Been a Long Time”, escrita por Springsteen e íncluida no álbum “Better Days” de Southside Johnny. Este video foi gravado no mítico clube de New Jersey, Stone Pony.
Estamos em Março de 1992 quando, “Human Touch” e “Lucky Town” são lançados em simultâneo. Entretanto, começa a preparação para uma digressão com a nova banda que incluirá o “professor” Roy Bittan - o único elemento da E Street Band.
A primeira vez que Bruce toca na televisão é também a primeira aparição pública da nova banda que tem lugar no famoso programa de televisão americana, Saturday Night Live, em Nova Iorque.
Em Setembro, Bruce e a sua nova banda, gravam para a MTV um espectáculo que será inserido na série de programas MTV Unplugged. No entanto, Springsteen prefere tocar as músicas eléctricas, talvez para promover a digressão mundial que se aproxima.
Em 1993 É editado “In Concert - MTV Plugged” na Europa, em edição limitada.
No dia do trabalhador, 1 de Maio de 1993, Bruce Springsteen toca pela primeira vez e, o mais correcto é que terá sido também, pela última vez em Portugal.
A pedido do realizador Jonathan Demme, Springsteen grava a música que será o seu maior sucesso na década de 90, “Streets of Philadelphia”, para o filme “Philadelphia”.
Realizador de filmes como “O Silêncio dos Inocentes”, e de alguns videos do Boss como “Murder Incorporated”, Demme queria que a música tivesse uma batida rock, mas Bruce trocou-lhe as voltas, e no seu estúdio caseiro, gravou uma música que mais tarde foi galardoada com um Oscar.
Em 1994 Com “Streets of Philadelphia”, Bruce ganha um Globo de Ouro em Janeiro, e dois meses depois, um Oscar para melhor banda sonora. Em Setembro, mais um prémio, desta vez no MTV Music Awards.
É lançado “Greatest Hits” em 1995, uma compilação de algumas das melhores músicas de Springsteen, incluindo 5 temas inéditos. Esta compilação serviu também como pretexto para se juntarem todos os elementos da E Street Band. Estas sessões de estúdio foram registadas em video e posteriormente lançadas em VHS, e mais tarde em DVD, com o título “Blood Brothers”.
Na mesma altura, gravam o video de “Murder Incorporated”.
Apesar de, depois das gravações de “Greatest Hits”, tocarem novamente juntos no concerto de inauguração do Rock ‘n’ Roll of Fame, em Cleveland, tal não voltaria a acontecer senão em 1999.
Em Novembro é lançado “The Ghost of Tom Joad”, um álbum baseado na história e nos ambientes de “As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck, mas adaptadas à realidade atual.
Em 1996 A tournée de apoio ao último álbum já está na estrada, na mesma altura em que dois filmes estreiam com músicas de Springsteen.
“Missing” serve de banda sonora para o filme “The Crossing Guard”, realizado por Sean Penn, e “Dead Man Walkin’”, para o filme com o mesmo nome, realizado por Tim Robbin’s.
Em 1997, Outro prémio, mais um Grammy, agora para o álbum “The Ghost of Tom Joad”, que foi eleito o melhor álbum folk contemporâneo.
Na Suécia, Bruce recebe o Polar Music Prize, entregue pelo próprio Rei. Este prémio é considerado um dos mais conceituados a nível mundial.
Ao fim de quase dois anos de digressão, a The Ghost of Tom Joad Tour chega ao fim em Paris, França.
Em 1998 É lançada a caixa de 4 cd’s “Tracks”, uma colecção de músicas na sua maioria inéditas, muitas delas só conhecidas através das inúmeras edições piratas que vão aparecendo no mercado.
São temas que percorrem toda a carreira do Boss, uma edição essencial para qualquer fã de Springsteen.
Entretanto, Bruce revela que tem a intenção de reunir todos os elementos da E Street Band, para iniciarem uma nova digressão juntos. Tal não acontece desde 1988!
Ainda em 1998 É lançado “18 Tracks”, uma compilação de 18 músicas incluidas na caixa “Tracks”. Três delas são inéditas: “Trouble River”, “The Fever” e “The Promise”.
Em 1999 Começam os ensaios para a nova digressão mundial no Convention Hall em Asbury Park, New Jersey.
Little Steven está de novo de volta, e desta vez a E Street Band vai contar com um poderoso trio de guitarras, juntamente com Nils Lofgren e o próprio Bruce Springsteen.
E Como prova do reconhecimento de seu trabalho Bruce, em 1999, é o novo “residente” no Rock ‘n’ Roll Hall of Fame. A cerimónia decorreu no Waldorf Astoria Hotel em Nova Iorque, e a apresentação do Boss esteve a cargo de Bono Vox, o vocalista dos U2.
A tournée europeia começa no mês de Abril em Barcelona, Espanha. Irá durar até Junho, e no mês a seguir nos Estados Unidos, no Meadowlands, em New Jersey, Bruce bate o recorde de concertos consecutivos, todos esgotados, num total de 15!
O novo milênio chega e Springsteen continua sempre em destaque. Em 2000, a digressão mundial continua a bom ritmo, e os últimos 10 espectáculos são efectuados no Madison Square Garden, em Nova Iorque. De 12 de Junho a 1 de Julho, estes concertos memóráveis, servirão mais tarde, para um duplo CD, DVD e Video ao vivo. O Boss está em grande forma no final de 15 meses de digressão.
Um dos temas estreados nesta digressão: The Reunion Tour, é “American Skin (41 Shots)”, que serviu de pretexto para um boicote policial em alguns espectáculos, derivado ao conteúdo da letra. Fala sobre um imigrante guineense, Amadou Diallo, que foi morto inocentemente pela polícia, à porta de sua casa, no Bronx, tendo sido alvejado 41 vezes.
Em 2001, é lançado, “Live in New York City”, recheado de temas clássicos, para além de 2 inéditos, “Land of Hope and Dreams” e “American Skin (41 Shots)”.
Em Novembro, é a vez do DVD: “Live in New York City”. Além de ser possível ver os temas incluidos no duplo CD ao vivo, a edição deste duplo DVD inclui ainda, outros temas grandiosos do Boss, como por exemplo: “Thunder Road” e “Jungleland”.
É definitivamente o ano do DVD, para Bruce Springsteen. A edição de “The Complete Video Anthology 1978-2000” e “Blood Brothers”, vêm comprovar isso mesmo.
Derivado aos acontecimentos de 11 de Setembro, Springsteen participa num programa de televisão em directo, para angariação de fundos e homenagem às vítimas dos atentados: America: A Tribute to Heroes. A emissão começa com Bruce Springsteen a interpretar “My City of Ruins”, em registo acústico, acompanhado nos coros por: Patti Scialfa, Little Steven, Clarence Clemons, Soozie Tyrell e mais três coristas. Este tema foi originalmente escrito e interpretado na digressão mundial em 2000, dedicado à cidade de Asbury Park.
É lançado em 2002 um álbum inspirado nos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001, “The Rising”, um disco muito aguardado pelos fãs, uma vez que Springsteen não gravava com a E Street Band à quase duas décadas.
A tournée de apoio ao novo trabalho arranca logo a seguir ao seu lançamento, em New Jersey a 7 de Agosto. Os novos temas são presença obrigatória, mas os clássicos também não são esquecidos. A digressão é um sucesso logo à partida.
Outubro é o mês de uma mini-digressão por terras europeias, e no dia 16, Bruce Springsteen toca em Barcelona para os espanhóis e para o mundo. O concerto é parcialmente transmitido em directo para as estações de televisão MTV e VH1.
Quase a terminar o ano, Bruce participa naquele que será o derradeiro álbum do amigo de longa data: Warren Zevon, vítima de cancro. “Disorder in the House” é o título da música que faz parte do álbum “The Wind”.
Em 2003, na 45º cerimónia dos Grammy, Bruce foi galardoado com 3 prémios, para um total de 5 nomeações. Ganhou as categorias de melhor performance masculina, melhor canção rock e melhor álbum rock, todos para o tema que dá título ao mais recente trabalho: “The Rising”. Na cerimónia interpretou os temas “The Rising” e “London Calling” numa homenagem a Joe Strummer, recentemente falecido, líder da banda britânica The Clash.
Entretanto, a The Rising Tour continua em grande e os espectáculos têm lugar em estádios, ao contrário da primeira parte da tournée, que foi realizada em pavilhões. Bruce Springsteen bate mais um recorde na sua carreira ao marcar 10 concertos para o mesmo espaço, o Giants Stadium em New Jersey.
Em Outubro, precisamente um ano depois, é lançado o DVD do concerto ao vivo em Barcelona, que foi parcialmente transmitido pela MTV e VH1. Agora é lançado na sua totalidade, o que acontece pela primeira vez na carreira de Springsteen.
Na mesma altura também é lançada mais uma compilação do Boss, desta vez com o título “The Essential Bruce Springsteen”. Um duplo CD com os melhores temas e ainda um CD extra em edição limitada, que contém algumas raridades que percorrem os seus 30 anos de actividade.
No final do ano, Bruce Springsteen participa em mais 3 concertos de beneficiência, a terem lugar em New Jersey. Os espectáculos são realizados ao lado de alguns amigos, entre eles: Max Weinberg, Danni DeVito, Southside Johnny, Little Steven, Jon Bon Jovi, entre outros.
Já em 2004 o astro também não teve muito tempo para descansar, durante todo o ano aproveitou para participar de muitas entrevistas, participar de concertos e iniciativas beneficentes. Em setembro foi lançado uma compilação intitulada “Songs and Artists That Fahrenheit 9/11”, organizada por Michael Moore, em que a versão de Bob Dylan “Chimes of Freedom”, interpretada ao vivo por Bruce, foi a de maior destaque.
Ainda em Fevereiro de 2004, Bruce e a E Street Band são galardoados com um Pollstar Award, para a categoria de Major Tour of the Year. Estes prémios anuais da indústria musical, têm como objectivo, honrar todos os artistas que mais contribuem para o enriquecimento da música ao vivo.
Pela primeira vez na sua carreira, Bruce Springsteen participou numa sessão de autógrafos, em Asbuty Park, para assinar o seu livro “Songs” (reeditado com as músicas do álbum “The Rising”). Apenas 200 pessoas tiveram direito a autógrafo, revertendo as receitas das vendas à Merchants Guild of Asbury Park.
Em Setembro é editada uma compilação com o título “Songs and Artists That Inspired Fahrenheit 9/11”, organizada pelo realizador Michael Moore, responsável também pelo documentário/filme polémico “Fahrenheit 9/11”. A versão de Bob Dylan “Chimes of Freedom”, interpretada ao vivo por Bruce, foi a escolhida.
Depois de anunciada em Agosto, a Vote for Change Tour começa no início de Outubro, para um total de 7 concertos para Bruce Springsteen e a E Street Band. Durante pouco mais de uma semana, aproximadamente 34 concertos em 28 cidades, em 9 estados, lá estiveram também: Babyface, Jackson Browne, Bright Eyes, Dave Matthews Band, Death Cab for Cutie, the Dixie Chicks, John Fogerty, Ben Harper, Jurassic 5, Keb’ Mo’, John Mellencamp, My Morning Jacket, Pearl Jam, Bonnie Raitt, R.E.M., James Taylor, entre outros.
Estes espectáculos tiveram como objectivo o de tentar alterar o sistema político actual e por conseguinte, o seu Presidente. Tal não foi conseguido, apesar de dias antes das eleições a 2 de Novembro, Bruce ter participado activamente na campanha ao lado de John Kerry. No início de Junho, já se tinha manifestado do site oficial www.brucespringsteen.net, disponibilizando na íntegra um discurso que Al Gore deu no final de Maio.
“Bruce Springsteen In Concert - MTV Unplugged” é finalmente editado em DVD no mês de Setembro. Uma edição que difere da versão em VHS, apenas na música extra: “Roll of the Dice”.
Durante os meses de Novembro e Dezembro, Bruce participa novamente em concertos de beneficiência:
- Light of Day (5ºano consecutivo) - fundação de apoio aos doentes de Parkinson: Parkinson’s Disease Foundation;
- Flood Aid ‘04 - angariação de fundos para as vítimas das cheias de Setembro em Pittsburgh;
- Holiday Shows 2004 - lucros a reverter para associações locais de Asbury Park (2 concertos no mesmo dia).
Em 2005, Bruce Springsteen, nos actuais tempos de guerra e corrupção, desfez novamente a E Street band e preparou o disco “Devils & Dust” todo de canções inéditas e bem intimista. Novamente em carreira solo desde 1995. Acompanhando a onda acústica aproveitou para fazer caixa, logo após o suposto contrato de 50 milhões de dólares com a Sony (Columbia), com o DVD Vh1 Storyteller com apresentações junto ao seus violões! Bruce é imprevisível não dá para se saber o próximo passo ao mesmo tempo em que ele pode desfazer a E Street Band e lançar outro disco coutry ou algo do gênero, pode sair um álbum com o bom e velho rock’n rol.
Ainda em 2005 ”Born To Run 30th Anniversary Edition” celebra o 30º aniversário do álbum, que é considerado pela critica um dos mais importantes álbuns da sua trajectória, até hoje, o álbum “Born to Run”(1975) com a “E Street Band”, o seu álbum que lança Bruce para o estrelato.
Em 2006, “Hammersmith Odeon London ‘75”, foi relançado em CD, Originalmente lançado no ano em que foi gravado este álbum apresenta o memorável show do idolatrado cantor norte-americano na famosa casa londrina.
“Hammersmith Odeon, London ’75” traz em 2 CDs mais de 2 horas de apresentação de um então Bruce Springsteen em ascensão rumo ao primeiro escalão do Rock, que posteriormente viria a alcançar graças ao seu enorme talento e carisma e também à sua famosa banda de acompanhamento, a The E Street Band.
Em grande forma, Bruce - muito mais um intérprete do que um cantor, tecnicamente falando - exibe a energia e o vigor contagiante de costume, sempre muito bem escoltado por sua afiada banda. No repertótio, todos os hits que o cantor havia emplacado até então - isto é, 10 anos antes da nacionalista “Born In The USA” e quase 20 anos antes de “Streets Of Philadelphia”.
“Hammersmith Odeon, London ’75” é um excelente álbum, um registro histórico de um show inesquecível de um grande artista e sua lendária banda.
É também em 2006 que o disco do “The Boss” We Shall Overcome The Seeger Sessions”é lançado. We Shall Overcome é um disco-tributo que Bruce Springsteen e sua banda fazem ao countrymen Pete Seeger, reverenciando algumas de suas obras mais famosas. Gravado em pouco tempo, mas com muito vigor, Bruce e sua banda se jogam para dentro das composições, saindo da sombra de um mero álbum de regravações e transformando “We Shall Overcome” em algo realmente memorável. Um álbum consciente, honesto, reverencial e imperdível.
Em 2007 o novo trabalho de Springsteen apresenta uma qualidade desconcertante. Coeso, consistente e inspirado, olha para o passado, combinando as suas melhores características com a experiência acumulada pelos anos, introduzindo novos ares na história de um artista que não precisa de provar nada a ninguém. As Suas doze faixas do álbum “Magic” (sim, doze, porque há uma última, “Terry´s Song”, escondida) proporcionam um imenso prazer a quem se aventurar pelo disco. Há desde rocks de arena oitocentistas a hinos estradeiros, passando por lindas baladas e momentos mais intimistas. Bruce fala sobre relacionamentos nas letras de todo o disco, sejam elas com a pessoa que ama, com os seus amigos, com os indivíduos que vai encontrando pelo caminho e que, mesmo inconscientemente, mudam a sua vida. São pequenos contos que aproximam o trabalho do artista da vida de quem está do outro lado, ouvindo o disco, fazendo com a identificação entre ambos seja imediata e inevitável. Você já viveu o que Bruce canta, e ele sabe disso.
Músicas como “Radio Nowhere”, “You´ll Be Coming Down”, a deliciosa “Girls In Theis Summer Clothes”, “Magic” e “Long Walk Home” estão entre as melhores de toda a carreira de Springsteen, e são destaques em um álbum que apresenta um artista renovado, inspirado e de bem com a vida.
“Magic” é um excelente trabalho, uma prova de que a experiência fez bem à Bruce Springsteen. Um disco do mais alto nível, à altura de um artista que não carrega a alcunha de “The Boss” à toa.
♪ “Eu vi o futuro do Rock’n Roll e seu nome é Bruce Springsteen” (Jon Landau - 1975)♪ Texto: Last FM.
Seu primeiro álbum,“Greetings from Asbury Park” (1973) não foi um sucesso comercial mas chamou a atenção dos críticos que o compararam a Bob Dylan. No mesmo ano Bruce grava o seu segundo disco, “The Wild, the Innocent & the E Street Shuffle”, este álbum, tal como o anterior, também não teve as vendas desejadas, mas seus espectáculos ao vivo são considerados óptimos pela crítica.
Em 1974 Bruce Já tinha solidificado seu grupo, o “E Street Band” com Roy Bittan, Danny Federeci, Clarence Clemmons, Gary Tallent, Max Weinberg e mais tarde, Steve Van Zandt. Foi só neste ano. Acompanhado de enorme campanha publicitaria, o lançamento do álbum “Born to Run” (1975) finalmente lhe trouxe o sucesso, provando-o como um compositor e performer.
Em 1976 Bruce tentou falar com o seu ídolo Elvis Presley. Para isso invadiu Graceland, a mansão do cantor, pulando o muro, e assim que ele estava para bater na porta, foi interrompido pelos seguranças. Springsteen
perguntou: “Elvis está?”. O segurança disse que não, que estava em Lake Tahoe e era verdade. Assim, Bruce foi conduzido gentilmente para
fora da mansão e nunca encontrou seu ídolo pessoalmente.
Disputas judiciais o impediram de lançar o seu álbum seguinte, “Darkness on The Edge of Town”, até 1978.
“The River”(1980) foi mais um sucesso de critica e publico, atingindo o primeiro lugar na lista dos mais vendidos e a música “Hungry Heart” torna-se o primeiro single de Bruce a entrar para o Top 10 da Billboard.
Deixando um pouco de lado suas características de super-produção. Bruce fez do álbum “Nebraska” (1982) um disco introspectivo com instrumentos acústicos (violão e harmónica) e sem sua Banda tradicional.
Foi em 1984 que Bruce Springsteen ao lado da E Street Band alcançou finalmente o reconhecimento mundial aclamado “Born in The U.S.A.”, que elevou Bruce á categoria de porta voz musical dos trabalhadores – The Boss.
Em Setembro daquele mesmo ano, durante a campanha presidencial americana, Ronal Reagan fez um discurso oportunista, mencionando o nome de Springsteen. Dias mais tarde num concerto em Pittsburgh, Bruce respondeu com palavras amargas ao futuro presidente americano. Foi a primeira vez que o músico demonstrou suas tendências políticas, o que se tornou uma marca sua.
Em Janeiro de 1985, Bruce participa nas gravações do álbum “We Are the World”, cujo dinheiro das receitas reverterá para o combate da fome em África. Nesse álbum Springsteen participa com uma música inédita ao vivo: “Trapped”. E “Dancing in the Dark”, um single do álbum “Born in the U.S.A”, provavelmente a música mais comercial de Springsteen até à data, garantiu-lhe o Grammy de melhor vocalista de rock.
A Born in the U.S.A. Tour continua, e é na Austrália que Springsteen se estreia em concertos de estádio. Situação que se irá repetir ao longo da tournée. O Boss tem ainda tempo para participar com o seu amigo de sempre Little Steven, num projecto contra o apartheid na África do Sul, na música “Sun City”.
No final de 1989 é lançado o primeiro registo oficial do Boss ao vivo, o álbum “Bruce Springsteen & the E Street Band Live 1975-85”, que atingiu o topo das paradas no final de 1986. Este trabalho consegue transmitir fielmente, toda a energia e poder de Bruce Springsteen e a sua E Street Band nos espectáculos ao vivo, desde o início da carreira até ao presente.
Pelo 3º ano consecutivo, Springsteen é eleito o artista do ano, pela revista Rolling Stone. Mais uma vez, Bruce encontra-se em estúdio para gravar mais originais, mas desta vez, a participação dos elementos da E Street Band nas gravações é feita individualmente.
“Tunnel of Love” é editado em 1987 e considerado por muitos um fracasso. Na opinião de alguns, quando Bruce podia ter lançado um “Born in the U.S.A.” - parte 2, ao invés, gravou um álbum de canções adultas, sobre o amor e as relações humanas.
A Tunnel of Love Express Tour arranca no início do ano de 1988 nos E.U.A. A Europa virá a seguir, terminando a tournée em Espanha. Ao contrário da última digressão, estes concertos são efectuados principalmente em pavilhões. (Esta será a última digressão da E Street Band com Bruce Springsteeen… até 1999!)
Ainda no mesmo ano, nos meses de Setembro e Outubro, participam ainda na tournée de apoio à Amnistia Internacional, em defesa dos direitos humanos: The Human Rights Now! Tour. Participaram também: Sting, Tracy Chapman, Peter Gabriel e Youssou N’Dour.
Em 1988 é lançado o álbum “Chimes of Freedom”, com 4 músicas ao vivo, incluindo uma versão de Bod Dylan, da música que dá nome ao trabalho.
A separação amigável do Boss e da E Street Band torna-se oficial em 1989, e cai que nem uma bomba, para todos os fãs e seguidores de Springsteen.
Em 1990 Bruce Springsteen começa a trabalhar num novo álbum, e pela primeira vez, sem a E Street Band. A excepção é feita com Roy Bittan, o amigo de longa data, que deu uma “mãozinha” nas gravações.
Bruce trabalha com vários músicos de estúdio e convidados, como por exemplo Jeff Porcaro, baterista da banda Toto.
Em 1991, entre as gravações do novo trabalho, Bruce participa juntamente com os seus amigos, Little Steven, Jon Bon Jovi e Southside Johnny, para gravarem o video da música “It’s Been a Long Time”, escrita por Springsteen e íncluida no álbum “Better Days” de Southside Johnny. Este video foi gravado no mítico clube de New Jersey, Stone Pony.
Estamos em Março de 1992 quando, “Human Touch” e “Lucky Town” são lançados em simultâneo. Entretanto, começa a preparação para uma digressão com a nova banda que incluirá o “professor” Roy Bittan - o único elemento da E Street Band.
A primeira vez que Bruce toca na televisão é também a primeira aparição pública da nova banda que tem lugar no famoso programa de televisão americana, Saturday Night Live, em Nova Iorque.
Em Setembro, Bruce e a sua nova banda, gravam para a MTV um espectáculo que será inserido na série de programas MTV Unplugged. No entanto, Springsteen prefere tocar as músicas eléctricas, talvez para promover a digressão mundial que se aproxima.
Em 1993 É editado “In Concert - MTV Plugged” na Europa, em edição limitada.
No dia do trabalhador, 1 de Maio de 1993, Bruce Springsteen toca pela primeira vez e, o mais correcto é que terá sido também, pela última vez em Portugal.
A pedido do realizador Jonathan Demme, Springsteen grava a música que será o seu maior sucesso na década de 90, “Streets of Philadelphia”, para o filme “Philadelphia”.
Realizador de filmes como “O Silêncio dos Inocentes”, e de alguns videos do Boss como “Murder Incorporated”, Demme queria que a música tivesse uma batida rock, mas Bruce trocou-lhe as voltas, e no seu estúdio caseiro, gravou uma música que mais tarde foi galardoada com um Oscar.
Em 1994 Com “Streets of Philadelphia”, Bruce ganha um Globo de Ouro em Janeiro, e dois meses depois, um Oscar para melhor banda sonora. Em Setembro, mais um prémio, desta vez no MTV Music Awards.
É lançado “Greatest Hits” em 1995, uma compilação de algumas das melhores músicas de Springsteen, incluindo 5 temas inéditos. Esta compilação serviu também como pretexto para se juntarem todos os elementos da E Street Band. Estas sessões de estúdio foram registadas em video e posteriormente lançadas em VHS, e mais tarde em DVD, com o título “Blood Brothers”.
Na mesma altura, gravam o video de “Murder Incorporated”.
Apesar de, depois das gravações de “Greatest Hits”, tocarem novamente juntos no concerto de inauguração do Rock ‘n’ Roll of Fame, em Cleveland, tal não voltaria a acontecer senão em 1999.
Em Novembro é lançado “The Ghost of Tom Joad”, um álbum baseado na história e nos ambientes de “As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck, mas adaptadas à realidade atual.
Em 1996 A tournée de apoio ao último álbum já está na estrada, na mesma altura em que dois filmes estreiam com músicas de Springsteen.
“Missing” serve de banda sonora para o filme “The Crossing Guard”, realizado por Sean Penn, e “Dead Man Walkin’”, para o filme com o mesmo nome, realizado por Tim Robbin’s.
Em 1997, Outro prémio, mais um Grammy, agora para o álbum “The Ghost of Tom Joad”, que foi eleito o melhor álbum folk contemporâneo.
Na Suécia, Bruce recebe o Polar Music Prize, entregue pelo próprio Rei. Este prémio é considerado um dos mais conceituados a nível mundial.
Ao fim de quase dois anos de digressão, a The Ghost of Tom Joad Tour chega ao fim em Paris, França.
Em 1998 É lançada a caixa de 4 cd’s “Tracks”, uma colecção de músicas na sua maioria inéditas, muitas delas só conhecidas através das inúmeras edições piratas que vão aparecendo no mercado.
São temas que percorrem toda a carreira do Boss, uma edição essencial para qualquer fã de Springsteen.
Entretanto, Bruce revela que tem a intenção de reunir todos os elementos da E Street Band, para iniciarem uma nova digressão juntos. Tal não acontece desde 1988!
Ainda em 1998 É lançado “18 Tracks”, uma compilação de 18 músicas incluidas na caixa “Tracks”. Três delas são inéditas: “Trouble River”, “The Fever” e “The Promise”.
Em 1999 Começam os ensaios para a nova digressão mundial no Convention Hall em Asbury Park, New Jersey.
Little Steven está de novo de volta, e desta vez a E Street Band vai contar com um poderoso trio de guitarras, juntamente com Nils Lofgren e o próprio Bruce Springsteen.
E Como prova do reconhecimento de seu trabalho Bruce, em 1999, é o novo “residente” no Rock ‘n’ Roll Hall of Fame. A cerimónia decorreu no Waldorf Astoria Hotel em Nova Iorque, e a apresentação do Boss esteve a cargo de Bono Vox, o vocalista dos U2.
A tournée europeia começa no mês de Abril em Barcelona, Espanha. Irá durar até Junho, e no mês a seguir nos Estados Unidos, no Meadowlands, em New Jersey, Bruce bate o recorde de concertos consecutivos, todos esgotados, num total de 15!
O novo milênio chega e Springsteen continua sempre em destaque. Em 2000, a digressão mundial continua a bom ritmo, e os últimos 10 espectáculos são efectuados no Madison Square Garden, em Nova Iorque. De 12 de Junho a 1 de Julho, estes concertos memóráveis, servirão mais tarde, para um duplo CD, DVD e Video ao vivo. O Boss está em grande forma no final de 15 meses de digressão.
Um dos temas estreados nesta digressão: The Reunion Tour, é “American Skin (41 Shots)”, que serviu de pretexto para um boicote policial em alguns espectáculos, derivado ao conteúdo da letra. Fala sobre um imigrante guineense, Amadou Diallo, que foi morto inocentemente pela polícia, à porta de sua casa, no Bronx, tendo sido alvejado 41 vezes.
Em 2001, é lançado, “Live in New York City”, recheado de temas clássicos, para além de 2 inéditos, “Land of Hope and Dreams” e “American Skin (41 Shots)”.
Em Novembro, é a vez do DVD: “Live in New York City”. Além de ser possível ver os temas incluidos no duplo CD ao vivo, a edição deste duplo DVD inclui ainda, outros temas grandiosos do Boss, como por exemplo: “Thunder Road” e “Jungleland”.
É definitivamente o ano do DVD, para Bruce Springsteen. A edição de “The Complete Video Anthology 1978-2000” e “Blood Brothers”, vêm comprovar isso mesmo.
Derivado aos acontecimentos de 11 de Setembro, Springsteen participa num programa de televisão em directo, para angariação de fundos e homenagem às vítimas dos atentados: America: A Tribute to Heroes. A emissão começa com Bruce Springsteen a interpretar “My City of Ruins”, em registo acústico, acompanhado nos coros por: Patti Scialfa, Little Steven, Clarence Clemons, Soozie Tyrell e mais três coristas. Este tema foi originalmente escrito e interpretado na digressão mundial em 2000, dedicado à cidade de Asbury Park.
É lançado em 2002 um álbum inspirado nos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001, “The Rising”, um disco muito aguardado pelos fãs, uma vez que Springsteen não gravava com a E Street Band à quase duas décadas.
A tournée de apoio ao novo trabalho arranca logo a seguir ao seu lançamento, em New Jersey a 7 de Agosto. Os novos temas são presença obrigatória, mas os clássicos também não são esquecidos. A digressão é um sucesso logo à partida.
Outubro é o mês de uma mini-digressão por terras europeias, e no dia 16, Bruce Springsteen toca em Barcelona para os espanhóis e para o mundo. O concerto é parcialmente transmitido em directo para as estações de televisão MTV e VH1.
Quase a terminar o ano, Bruce participa naquele que será o derradeiro álbum do amigo de longa data: Warren Zevon, vítima de cancro. “Disorder in the House” é o título da música que faz parte do álbum “The Wind”.
Em 2003, na 45º cerimónia dos Grammy, Bruce foi galardoado com 3 prémios, para um total de 5 nomeações. Ganhou as categorias de melhor performance masculina, melhor canção rock e melhor álbum rock, todos para o tema que dá título ao mais recente trabalho: “The Rising”. Na cerimónia interpretou os temas “The Rising” e “London Calling” numa homenagem a Joe Strummer, recentemente falecido, líder da banda britânica The Clash.
Entretanto, a The Rising Tour continua em grande e os espectáculos têm lugar em estádios, ao contrário da primeira parte da tournée, que foi realizada em pavilhões. Bruce Springsteen bate mais um recorde na sua carreira ao marcar 10 concertos para o mesmo espaço, o Giants Stadium em New Jersey.
Em Outubro, precisamente um ano depois, é lançado o DVD do concerto ao vivo em Barcelona, que foi parcialmente transmitido pela MTV e VH1. Agora é lançado na sua totalidade, o que acontece pela primeira vez na carreira de Springsteen.
Na mesma altura também é lançada mais uma compilação do Boss, desta vez com o título “The Essential Bruce Springsteen”. Um duplo CD com os melhores temas e ainda um CD extra em edição limitada, que contém algumas raridades que percorrem os seus 30 anos de actividade.
No final do ano, Bruce Springsteen participa em mais 3 concertos de beneficiência, a terem lugar em New Jersey. Os espectáculos são realizados ao lado de alguns amigos, entre eles: Max Weinberg, Danni DeVito, Southside Johnny, Little Steven, Jon Bon Jovi, entre outros.
Já em 2004 o astro também não teve muito tempo para descansar, durante todo o ano aproveitou para participar de muitas entrevistas, participar de concertos e iniciativas beneficentes. Em setembro foi lançado uma compilação intitulada “Songs and Artists That Fahrenheit 9/11”, organizada por Michael Moore, em que a versão de Bob Dylan “Chimes of Freedom”, interpretada ao vivo por Bruce, foi a de maior destaque.
Ainda em Fevereiro de 2004, Bruce e a E Street Band são galardoados com um Pollstar Award, para a categoria de Major Tour of the Year. Estes prémios anuais da indústria musical, têm como objectivo, honrar todos os artistas que mais contribuem para o enriquecimento da música ao vivo.
Pela primeira vez na sua carreira, Bruce Springsteen participou numa sessão de autógrafos, em Asbuty Park, para assinar o seu livro “Songs” (reeditado com as músicas do álbum “The Rising”). Apenas 200 pessoas tiveram direito a autógrafo, revertendo as receitas das vendas à Merchants Guild of Asbury Park.
Em Setembro é editada uma compilação com o título “Songs and Artists That Inspired Fahrenheit 9/11”, organizada pelo realizador Michael Moore, responsável também pelo documentário/filme polémico “Fahrenheit 9/11”. A versão de Bob Dylan “Chimes of Freedom”, interpretada ao vivo por Bruce, foi a escolhida.
Depois de anunciada em Agosto, a Vote for Change Tour começa no início de Outubro, para um total de 7 concertos para Bruce Springsteen e a E Street Band. Durante pouco mais de uma semana, aproximadamente 34 concertos em 28 cidades, em 9 estados, lá estiveram também: Babyface, Jackson Browne, Bright Eyes, Dave Matthews Band, Death Cab for Cutie, the Dixie Chicks, John Fogerty, Ben Harper, Jurassic 5, Keb’ Mo’, John Mellencamp, My Morning Jacket, Pearl Jam, Bonnie Raitt, R.E.M., James Taylor, entre outros.
Estes espectáculos tiveram como objectivo o de tentar alterar o sistema político actual e por conseguinte, o seu Presidente. Tal não foi conseguido, apesar de dias antes das eleições a 2 de Novembro, Bruce ter participado activamente na campanha ao lado de John Kerry. No início de Junho, já se tinha manifestado do site oficial www.brucespringsteen.net, disponibilizando na íntegra um discurso que Al Gore deu no final de Maio.
“Bruce Springsteen In Concert - MTV Unplugged” é finalmente editado em DVD no mês de Setembro. Uma edição que difere da versão em VHS, apenas na música extra: “Roll of the Dice”.
Durante os meses de Novembro e Dezembro, Bruce participa novamente em concertos de beneficiência:
- Light of Day (5ºano consecutivo) - fundação de apoio aos doentes de Parkinson: Parkinson’s Disease Foundation;
- Flood Aid ‘04 - angariação de fundos para as vítimas das cheias de Setembro em Pittsburgh;
- Holiday Shows 2004 - lucros a reverter para associações locais de Asbury Park (2 concertos no mesmo dia).
Em 2005, Bruce Springsteen, nos actuais tempos de guerra e corrupção, desfez novamente a E Street band e preparou o disco “Devils & Dust” todo de canções inéditas e bem intimista. Novamente em carreira solo desde 1995. Acompanhando a onda acústica aproveitou para fazer caixa, logo após o suposto contrato de 50 milhões de dólares com a Sony (Columbia), com o DVD Vh1 Storyteller com apresentações junto ao seus violões! Bruce é imprevisível não dá para se saber o próximo passo ao mesmo tempo em que ele pode desfazer a E Street Band e lançar outro disco coutry ou algo do gênero, pode sair um álbum com o bom e velho rock’n rol.
Ainda em 2005 ”Born To Run 30th Anniversary Edition” celebra o 30º aniversário do álbum, que é considerado pela critica um dos mais importantes álbuns da sua trajectória, até hoje, o álbum “Born to Run”(1975) com a “E Street Band”, o seu álbum que lança Bruce para o estrelato.
Em 2006, “Hammersmith Odeon London ‘75”, foi relançado em CD, Originalmente lançado no ano em que foi gravado este álbum apresenta o memorável show do idolatrado cantor norte-americano na famosa casa londrina.
“Hammersmith Odeon, London ’75” traz em 2 CDs mais de 2 horas de apresentação de um então Bruce Springsteen em ascensão rumo ao primeiro escalão do Rock, que posteriormente viria a alcançar graças ao seu enorme talento e carisma e também à sua famosa banda de acompanhamento, a The E Street Band.
Em grande forma, Bruce - muito mais um intérprete do que um cantor, tecnicamente falando - exibe a energia e o vigor contagiante de costume, sempre muito bem escoltado por sua afiada banda. No repertótio, todos os hits que o cantor havia emplacado até então - isto é, 10 anos antes da nacionalista “Born In The USA” e quase 20 anos antes de “Streets Of Philadelphia”.
“Hammersmith Odeon, London ’75” é um excelente álbum, um registro histórico de um show inesquecível de um grande artista e sua lendária banda.
É também em 2006 que o disco do “The Boss” We Shall Overcome The Seeger Sessions”é lançado. We Shall Overcome é um disco-tributo que Bruce Springsteen e sua banda fazem ao countrymen Pete Seeger, reverenciando algumas de suas obras mais famosas. Gravado em pouco tempo, mas com muito vigor, Bruce e sua banda se jogam para dentro das composições, saindo da sombra de um mero álbum de regravações e transformando “We Shall Overcome” em algo realmente memorável. Um álbum consciente, honesto, reverencial e imperdível.
Em 2007 o novo trabalho de Springsteen apresenta uma qualidade desconcertante. Coeso, consistente e inspirado, olha para o passado, combinando as suas melhores características com a experiência acumulada pelos anos, introduzindo novos ares na história de um artista que não precisa de provar nada a ninguém. As Suas doze faixas do álbum “Magic” (sim, doze, porque há uma última, “Terry´s Song”, escondida) proporcionam um imenso prazer a quem se aventurar pelo disco. Há desde rocks de arena oitocentistas a hinos estradeiros, passando por lindas baladas e momentos mais intimistas. Bruce fala sobre relacionamentos nas letras de todo o disco, sejam elas com a pessoa que ama, com os seus amigos, com os indivíduos que vai encontrando pelo caminho e que, mesmo inconscientemente, mudam a sua vida. São pequenos contos que aproximam o trabalho do artista da vida de quem está do outro lado, ouvindo o disco, fazendo com a identificação entre ambos seja imediata e inevitável. Você já viveu o que Bruce canta, e ele sabe disso.
Músicas como “Radio Nowhere”, “You´ll Be Coming Down”, a deliciosa “Girls In Theis Summer Clothes”, “Magic” e “Long Walk Home” estão entre as melhores de toda a carreira de Springsteen, e são destaques em um álbum que apresenta um artista renovado, inspirado e de bem com a vida.
“Magic” é um excelente trabalho, uma prova de que a experiência fez bem à Bruce Springsteen. Um disco do mais alto nível, à altura de um artista que não carrega a alcunha de “The Boss” à toa.
♪ “Eu vi o futuro do Rock’n Roll e seu nome é Bruce Springsteen” (Jon Landau - 1975)♪ Texto: Last FM.
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